Pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos, o ex-juiz Sergio Moro defendeu, nesta terça-feira, a necessidade de uma reforma administrativa, mas disse que servidor público não pode ser tratado como “vilão”.
“Servidor público não pode ser vilão. É preciso cortar privilégios, mas também investir em treinamento, capacitação e incentivo”, afirmou durante encontro com lideranças do Fórum Nacional de Filantropia (Fonif), em Brasília.
Mais cedo, ele também se reuniu com integrantes do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub).
Durante o encontro, Moro apontou que o seu plano de governo será “reformista”, ao defender mudanças no sistema tributário. “É preciso unificar os tributos sobre consumo. Nossa equipe está discutindo a forma, se as alíquotas serão separadas por categoria. Nossa proposta é reformista, mas precisamos agir com responsabilidade fiscal e também social.”
O ex-ministro do governo Jair Bolsonaro também disse que o país precisa de uma “âncora fiscal”. “Temos que controlar a equação PIB/dívida pública para que o país entre no eixo”, afirmou.
Por fim, o ex-juiz da Lava-Jato voltou a defender bandeiras antigas, que ele vem chamando de “pacote ético”, como o fim do foro privilegiado, a retomada da prisão em segunda instância e o fim da reeleição. “Esse pacote ético vai nos dar legitimidade e credibilidade para que possamos fazer as outras reformas.”
- Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo